Discurso de 50



Discurso, 31/01/15.
Boa noite.


Na Rua David Leitão, em 04/02/1965 na cidade de Mantena nascia um menino que seria conhecido pelo epíteto de Ezedequias Ventura.
De uma família evangélica. Simples. Austera. Parcos recursos. Sobrevivemos. Pela Graça de Deus! Aprendi que Deus cuida, sempre, dos Seus!
Aprendi aos 13 anos conversando com o Sânzio – colega de escola – o que é ser mercenário. Disse a ele: Quando crescer quero ser pastor; pastor ganha bem. Ele me disse: então você vai ser pastor por causa do dinheiro. Dura lição que perdura por todos estes anos. Meu pai era evangelista e eu achava que tinha diferença. Que bobo que eu era, que bobo que eu sou! São ambos os obreiros empregados do Criador. Hoje eu entendo que qualquer trabalhador que lavora apenas pela recompensa é mercenário. Dou graças a Deus pelo aprendizado.
Aprendi aos 20 anos que não é bom que o homem viva só. Eu me achava homem. Que bobo que eu era. A “homenidade” é construída a cada dia, mas viver a dois eu aprendi que é melhor. Também aprendi que o homem não é a prova de projétil de arma de fogo e assim fui salvo da morte pela Graça Protetora de Cristo.
Aprendi aos 22 que ser pai não é para qualquer um. Ainda mais difícil para mim. Creio que não tive vocação, meu filho que me perdoe.
Aos 29 iniciei o aprendizado de direção de veículos. Tô em treinamento até hoje. Um dia eu aprendo, ou desisto. O que vier primeiro.
Aos 33 conclui o Ensino Médio a duras penas. Valeu o esforço.
Aos 35 assumi o pastorado na cidade de Coronel Fabriciano onde permaneci por 3 anos. Em 2009 desisti (!?) da igreja que me recebera como pastor indo abrigar-me na Primeira Igreja Batista no Independência. Aprendi que pastorear exige mais abnegação do que alguém possa relacionar.
Bacharelei-me em Teologia em 2012, um sonho de 1983. Aprendi que com uma boa teologia Bíblica a Igreja se sustenta e em caso diferente ela é destruída. Hoje existem muitas igrejas cheias, porém destruídas por lhe faltarem um Teologia Pura e simplesmente Bíblica.
Em 2013 sofri a dor da perda. Aprendi que só a salvação é eterna.
Em 2014 conheci uma esplendorosa loirinha a quem eu daria meu sobrenome: Maria Lúcia Pereira Ventura. Obrigado a Deus por me premiar. Aprendi que sempre podemos recomeçar.
No mesmo ano retornei ao ministério da palavra e me acho em treinamento. Aprendi que sempre podemos recomeçar.
E por fim, neste ano, faço cinquenta anos e então aprendo que preciso aprender uma maneira de ser grato a Deus por minha vida e pelos amigos. Amigos parentes e amigos e parentes.
O posfácio do que disse é: Teme a Deus e guarda os seus mandamentos que é o dever de todo homem.
O meu muito obrigado a todos.

Belo Horizonte, 31/01/2015.

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